domingo, 12 de agosto de 2012

Gênesis Capítulo II

Após terminar todo o relato da criação, Moisés escreve um segundo capítulo que trata de alguns detalhes
que não apareceram na primeira narração.

A renomada Enciclopédia Barsa diz em seu artigo sobre a Bíblia que os dois relatos foram escritos em épocas diferentes, por diferirem no estilo de narrativa. O artigo continua, dizendo:

"[...] Há um código primitivo na primeira narração, mais simples e menos racional e o código sacerdotal na segunda narração, despida de imaginação e em estilo didático."
Para conhecermos melhor este capítulo, vamos agora estudá-lo detalhadamente.

"Não havia nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor Deus, não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo."

Muitos podem achar que este versículo está se referindo aos primeiros dias da Terra, onde ainda não existiam plantas que cobriam a Terra. Mas é muito claro que Moisés não está se referindo à isso. 

No versículo acima, já existiam plantas, que cobriam toda a face da Terra em forma de florestas e matas, mas ainda não existiam as plantas do campo, ou seja, as plantas cultivadas pelo homem, e que servem de alimento para a humanidade.

As plantas do campo ainda não existiam porque ainda não havia chuva, e não havia homens para cultivá-las.
Mas, neste ponto, descobrimos uma contradição: Se ainda não havia chuva, como podia haver as florestas e matas, que também se alimentavam de água? A resposta está no próximo versículo:

"Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo;"

Então, meu caro leitor, a explicação para Gênesis 2;5-6, é a seguinte: Deus havia criado todas as plantas que formam as florestas e matas, ou seja, as plantas selvagens, que não são próprias para a alimentação humana, mas como ainda não havia chuva, a água da qual essas plantas se saciavam provinha de um vapor que subia da terra e regava toda a face da Terra. 

Não é necessário saber que todo esse vapor se juntou mais tarde, para formar nuvens que originaram a primeira chuva do mundo.

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