quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Jardim do Éden

Como já vimos na postagem anterior, depois dos sete dias da criação, ainda não existiam plantas próprias
para o consumo humano, pois ainda não havia chuva. 

Segundo geólogos, a primeira chuva ocorreu há bilhões de anos atrás, e durou tanto tempo, que teria formado os oceanos. É claro que essa chuva não é a mesma da qual a Bíblia fala, pois quando esta ocorreu já existiam os oceanos.

"E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.  Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal."


Depois da Primeira Chuva, o próprio Deus planta um jardim, com todas as árvores boas para alimento, e nele coloca o seu Novo Homem. Mas, no meio do jardim havia duas árvores diferentes: a árvore da vida, ou seja, a árvore que traria imortalidade para os homens; e a árvore do conhecimento do bem e do mal, que abriria os olhos de quem comesse do seu fruto. 



"E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.  O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix.   O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe.   O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates."



A localização do Jardim do Éden é totalmente desconhecida, pois Deus que o Homem entrasse nele de novo, e é provável que as águas do Dilúvio tenham inundado aquela região, mas vamos deduzir onde ele ficava.



O rio que cortava o Éden se dividia em outros quatro, que eram:

  • Pisom: No mundo contemporâneo não existe nenhum rio com esse nome. A Bíblia diz que ele rodeava a terra de Havilá, que também nos é desconhecida. Mas, o historiador judeu Flávio Josefo diz o seguinte sobre este rio:
 "O primeiro, chamado Pisom que significa plenitude e os gregos chamam de Ganges, corre para a Índia e desemboca no mar"

Porém, essa citação de Josefo, não é confiável, pois não sabemos de onde ele a tirou.
Quanto a terra de Havilá, a Bíblia a cita mais uma vez:

"Foram os anos de vida de Ismael cento e trinta e sete anos; ele expirou e morreu, e foi reunido a seu povo. Habitaram desde Havilá até Sur que está em frente ao Egito, indo para Assíria; e morreu na presença de todos os seus irmãos" (Gn 25.17-18)

A terra de Sur tem esse nome até hoje, e se localiza na Península do Sinai. Os descendentes de Ismael são os árabes que habitaram uma terra próxima ao Sinai. Logo, o rio que circunda essas terras pode ser o Rio Jordão, ou o Mar Vermelho, que antes do Dilúvio era um rio.
  • Giom: O Rio Giom também é desconhecido dos homens. Sabe-se que ele circundava a terra de Cuxe, também desconhecida. Flávio Josefo, sobre este rio, diz:
"O quarto, de nome Giom, significa que vem do Oriente, e os gregos chamam de Nilo, e atravessa todo o Egito"
É impossível saber se realmente o Rio Giom é o Rio Nilo. Quanto a terra de Cuxe, esta seria a terra habitada pelos descendentes de Cuxe, neto de Noé,que são os etíopes. Os etíopes viviam numa região da África próxima ao Nilo. Então, o rio Giom poderia ser o rio Nilo.

  •  Tigre: Este rio tem esse nome até hoje, e corta o Iraque.
  • Eufrates: Também corta o Iraque, e junto com o Tigre circunda a região da Mesopotâmia, o berço da civilização.
Sabendo a localização desses quatro rios, podemos definir um ponto de encontro entre eles, e localizar o Éden, que seria o Mar Árabe, ou seja, o Jardim do Éden foi coberto pelas águas, após o Grande Dilúvio.

O Novo Ser Humano

"Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente."

Assim como todos os outros animais, o homem veio do pó da terra, portanto era um animal irracional também. 

O período de tempo anterior ao versículo acima, ou seja, a época em que o homem ainda não possuía alma, corresponde ao que chamamos de Pré-História, em que o homem habitava em cavernas e lutava contra animais ferozes por comida. 

Como eu já disse, cada dia da criação pode equivaler a milhões de anos terrestres, e com o 7° dia não foi diferente. 

Deus descansou de sua criação por muitos e muitos anos, e nesse período de descanso divino, o homem era mais um nesse mundo. 

Mas, fim do seu descanso, Deus resolve mudar as coisas, e dar uma alma ao homem. 

Então Deus sopra nas narinas do homem, e esse passa a ter uma alma, que nada mais é que o fôlego de Deus dentro de cada um.

sábado, 25 de agosto de 2012

Os Dias da criação


Nas postagens anteriores, nós estudamos cada dia da criação isoladamente, mas agora vamos ver um resumo da criação, e quanto tempo ela durou.

Esta é uma tabela com a criação do mundo, resumida:

Dias
Criação
1° Dia
Os céus, o Espaço, o Tempo e a Luz.
2° Dia
A Atmosfera
3° Dia
Continentes, Oceanos, plantas e vegetais de toda espécie.
4° Dia
Sol, Lua e Estrelas.
5° Dia
Peixes e Aves
6° Dia
Animais domésticos e selvagens, répteis e o Homem.
7° Dia
Deus descansou


Uma coisa curiosa, é que os cientistas afirmam que a Terra teria 4,5 bilhões de anos. Se fizéssemos cálculos baseados na bíblia, o mundo teria um pouco mais de 6000 anos. 

Mas será que a Terra é assim tão jovem?

Podemos imaginar que cada dia não possuiu exatamente 24 horas, mas tenha durado milhões de anos. Isso seria totalmente possível, já que Deus não sofre com o tempo. 

O 7º dia, que é indicado com o dia em que Deus descansou, seria o período entre o surgimento do homem e o surgimento de inteligência nos hominídeos.

domingo, 12 de agosto de 2012

Gênesis Capítulo II

Após terminar todo o relato da criação, Moisés escreve um segundo capítulo que trata de alguns detalhes
que não apareceram na primeira narração.

A renomada Enciclopédia Barsa diz em seu artigo sobre a Bíblia que os dois relatos foram escritos em épocas diferentes, por diferirem no estilo de narrativa. O artigo continua, dizendo:

"[...] Há um código primitivo na primeira narração, mais simples e menos racional e o código sacerdotal na segunda narração, despida de imaginação e em estilo didático."
Para conhecermos melhor este capítulo, vamos agora estudá-lo detalhadamente.

"Não havia nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor Deus, não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo."

Muitos podem achar que este versículo está se referindo aos primeiros dias da Terra, onde ainda não existiam plantas que cobriam a Terra. Mas é muito claro que Moisés não está se referindo à isso. 

No versículo acima, já existiam plantas, que cobriam toda a face da Terra em forma de florestas e matas, mas ainda não existiam as plantas do campo, ou seja, as plantas cultivadas pelo homem, e que servem de alimento para a humanidade.

As plantas do campo ainda não existiam porque ainda não havia chuva, e não havia homens para cultivá-las.
Mas, neste ponto, descobrimos uma contradição: Se ainda não havia chuva, como podia haver as florestas e matas, que também se alimentavam de água? A resposta está no próximo versículo:

"Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo;"

Então, meu caro leitor, a explicação para Gênesis 2;5-6, é a seguinte: Deus havia criado todas as plantas que formam as florestas e matas, ou seja, as plantas selvagens, que não são próprias para a alimentação humana, mas como ainda não havia chuva, a água da qual essas plantas se saciavam provinha de um vapor que subia da terra e regava toda a face da Terra. 

Não é necessário saber que todo esse vapor se juntou mais tarde, para formar nuvens que originaram a primeira chuva do mundo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Sábado

" Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército."

Deus terminou de criar os céus, o mundo espiritual em que ele e seus anjos habitam, e a terra, lugar físico, cheio de vida e dominado pelo ser humano. O exército citado neste verso nada mais é que os animais que habitam a terra. Depois de tudo o que tinha feito, a terra estava em harmonia e paz.

" E havendo Deus terminado no dia sétimo toda a sua obra, que fizera, descansou neste dia de toda a sua obra que tinha feito."

Será que o Deus todo-poderoso precisava mesmo descansar de suas obras? Talvez não, mas o que Deus fez, foi tirar um dia para poder observar sua criação e como ela agia.

"E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera."

Nestes versos sobre o Sábado, Deus não ordena que os homens descansem no sétimo dia. Esta ordem só acontece na época de Moisés, e é uma lei dada apenas ao povo judeu.

A Criação dos animais parte III

"...E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra, e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céus e sobre todo animal que rasteja pela terra." (Gênesis 1;28)

Neste versículo Deus dá aos homens o dom da reprodução, e ordena que a raça humana se espalhe por todo o planeta. É claro que a reprodução humana não é feita por instinto como nos animais, pois o homem é racional. Deus então, teve que fazer com que a relação sexual humana gerasse prazer a ele. Imagine se na relação sexual não houvesse prazer. O homem não a praticaria, pois não ganharia nada com ela, a não ser mais filhos.
Deus também deu ao homem o domínio sobre todos os animais da terra, menos os selvagens, pois como podemos perceber, eles não foram citados por Deus no versículo acima.

"E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e toda as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez" (Gênesis 1;29-30)

Deus deu ao homem todos os animais de sua criação como alimento ao homem. Ele também deu todas as plantas que produzem semente e que dão frutos. Uma observação importante é que Deus disse à humanidade que poderiam comer da carne de todos os animais. Isso é uma contradição aos que dizem que não podemos comer carnes de animais impuros como o porco, pois isso é pecado. A lei que diz que não podemos comer carne de animais impuros foi feita para os judeus e somente para esse povo. O não-judeu pode comer da carne desse animal como de qualquer outro.

"E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia" (Gênesis 1;31)

domingo, 29 de julho de 2012

A Criação dos Animais Parte II

"Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. e viu Deus que isso era bom."

No estudo anterior, vimos que Deus encheu o mar e os céus de vida. Agora ele decide encher a terra seca de vida. No versículo acima temos a impressão que Deus manda que a terra virgem forme os animais, o que os faz serem de uma origem semelhante a dos seres humanos. Deus fez três tipos de animais terrestres:

  • Os animais domésticos: animais domésticos são os foram "amansados" pelos seres humanos, e os servem de alguma forma. Ex: vacas, cachorros, ovelhas, etc.
  • Os répteis: É a espécie animal que se rasteja, tem sangue frio e escamas. Os dinossauros também estão incluídos aqui. Ex: lagartos, serpentes, dinossauros.
  • Os animais selváticos: São aqueles que obedecem apenas aos seus instintos e à natureza. Não pode ser controlado por humanos, sendo que alguns chegam a atacá-los. Ex: leão, elefante, onça, girafa.
"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...

Na minha opinião, Deus fez o homem junto com os outros animais, mas depois decidiu dar a ele algo muito especial que o faria diferente dos outros animais. Como Deus é formado por uma Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), um ser feito a sua semelhança não podia ser diferente. Então Deus transformou o homem animal em um ser racional, transformando ele em uma trindade. Para isso, Deus deu ao homem uma alma (que talvez seja semelhante ao Deus Pai), um espírito (semelhante ao Deus Espírito Santo) além do corpo (semelhante ao Deus Filho).
Esse ponto de vista pode ser comparado a Teoria da Evolução, em que o homem era um animal irracional, mas se tornou inteligente após evoluções cerebrais. Eu não estou aqui para dizer qual ideia é a certa e qual é a errada, mas se a Teoria da Evolução fosse a correta, ela poderia mostrar Deus agindo através da Natureza.
Outro ponto dos versos acima que gera polêmicas é a pluralidade do verbo fazer. Muitos cristãos acreditam que quando Deus diz façamos ele se refere as três pessoas da Trindade. Essa crença nos ajuda a crer que o homem foi feito a imagem das três pessoas da Trindade.


"...tenha ele[o homem] domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos,

sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam."

Depois de criar o homem e dar uma alma a ele, Deus decide dar a ele o domínio sobre todos os outros animais. O leitor pode reparar que os animais selvagens não estão entre aqueles que Deus dominasse.

"Criou Deus, pois, à sua imagem; a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou"







terça-feira, 24 de julho de 2012

A Criação dos Animais

"Disse também Deus: povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus"
Uma coisa muito estranha neste versículo, é que Deus cria os seres aquáticos, e depois apenas diz pras aves voarem no céu, mas ele nem mesmo criou as aves, apenas as mandou voar.
A resposta provavelmente está no próprio versículo. Deus criou os seres aquáticos e depois mandou que as aves voassem, então provavelmente as aves eram um grupo de animais que habitavam as águas, mas que depois ganharam a capacidade de voar. Esse indício pode estar relacionado com a Teoria da Evolução de Charles Darwin. Esse famoso cientista disse que os animais evoluem, e que mudam suas características de acordo com as mudanças no meio exterior. Mas isso é apenas uma teoria.

"Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom."

Os grandes animais marinhos podiam ser desde baleias à animais pré-históricos. os animais rastejantes podem ser répteis ou animais que rastejam pelo fundo do mar.

"E Deus os abençoou dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, multipliquem-se as aves. Houve tarde e manhã, o quinto dia."

Essa benção que Deus deu aos animais garantiu que eles se espalhassem por todo o planeta, e ganhassem o instinto do acasalamento, que, ao contrário dos seres-humanos, é feito simplesmente para a reprodução da espécie.

sábado, 21 de julho de 2012

Gênesis 1;14-19

"Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus para alumiarem a terra. E assim se fez."

Nesse versículo acompanhamos a criação dos astros, fontes de luz criadas por Deus para iluminar e dar vida      
ao nosso planeta. A luz emitida por estes astros seria vista dos céus (a atmosfera terrestre), e eles seriam sinais que os homens usariam para criar seus calendários, além de influenciar na fertilidade e clima da Terra.

"Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre luz e trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia."

Acho que eu nem precisava dizer que o luzeiro maior é o Sol e o menor é a Lua. As estrelas, que parecem que foram deixadas um pouco de lado no versículo, são estimadas em 10 sextilhões de astros.
Outra observação interessante é que apesar de Deus já ter separado a luz das trevas e Gênesis 1;4, ele ordena que os astros façam mais uma vez essa separação. A meu ver, a separação que acontece nesse versículo é feita para que houvesse diferença entre dia e noite.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Gênesis 1;9-13

"Disse também Deus: ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez."

Esse versículo relata a criação dos continentes e dos oceanos. Mas repare que Deus ordena que as águas se ajuntassem num único lugar, ou seja, que formassem um único oceano, e não os 5 que conhecemos. Isso mostra a famosa teoria de tectônica de placas, na qual acredita-se que no início a Terra teria apenas um supercontinente e um único oceano. Mas é claro que isso é apenas uma interpretação do versículo.



"À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom"

Nesse versículo, uma vez a ciência ajuda a explicar a Bíblia. Segundo os geólogos e especialistas na Terra, os mares teriam se formado muito antes dos continentes. Os continentes terrestres foram remodelados várias vezes até chegarmos a formação continental atual.


 " E disse: produza a terra relva, ervas que deem sementes e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, que sua semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o terceiro dia."


A próxima criação de Deus foram os vegetais, ou mais especificamente, a vida. Segundo a ciência, as primeiras formas de vida eram bactérias e outros micro-organismos. Talvez eles não apareçam no relato da criação, por serem desconhecidos pelos autores do Gênesis.
Outra observação importante, é que as plantas foram criadas antes do Sol. As plantas atuais precisam do Sol para realizar o processo de fotossíntese, e assim, viver. Uma explicação encontrada é a de que talvez a luz que alimentava aquelas plantas inicialmente fosse a luz que provinha do próprio Deus.


No terceiro dia da criação a terra já se achava coberta por um oceano, continentes e plantas.

domingo, 15 de julho de 2012

A Criação parte 2

"E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas."


O leitor pode notar que mais uma vez aparecem essas águas misteriosas. Após estudar um pouco, eu cheguei a conclusão de que houve um erro de tradução. Na mitologia egípcia, diz-se que no princípio havia um líquido. Talvez, no original hebraico, Moisés mencionasse um líquido ou um fluído, mas não propriamente a água. Os gregos antigos acreditavam que os espaços vazios eram preenchidos por um fluído chamado éter. Alguns cientistas também criaram um conceito de éter, que seria o fluído que preenche o vácuo. Eu logo imaginei que as águas citadas no Gênesis seriam o éter.
Mas voltando ao versículo, Deus criou uma expansão que separaria as águas.


"Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez."


Supõe-se que na época desse versículo Deus já havia criado o planeta Terra, e que as águas debaixo do firmamento eram as águas que formam os oceanos, e as que estavam acima do firmamento era o éter.


"E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia."


Nesse ponto chegamos a outra contradição. Se Deus já havia criado os céus no Gênesis 1;1, porque ele os criou mais uma vez? Na postagem sobre o Gênesis 1;1 eu já havia dito que os céus criados nesse versículo eram um mundo espiritual, onde Deus habita. Já os céus de Gênesis 1;6-8 eram apenas uma expansão. Eu acredito que essa expansão seria a atmosfera (camada de ar que envolve a Terra), que foi feita por Deus para separar o espaço vazio da superfície dos mares que cobriam a Terra. A atmosfera é a responsável pela ilusão azul e imensa que nós chamamos de céus. Durante essa fase da criação ainda não havia continentes, e a Terra era completamente cheia de água.





sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Criação

"E disse Deus: Haja luz. E houve luz"
Como eu dizia na postagem anterior, quando Deus criou a Terra, esta se achava coberta de trevas. Então Deus disse, haja luz, e se fez a luz. O mais curioso, é que à simples ordem do Senhor, a luz surgiu. Nas religiões orientais o nome das coisas e sua existência formam uma unidade, ou seja, o nome original das coisas, invoca a sua essência. Em João 1; 1-3, encontramos as seguintes palavras:


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez "
Este versículo explica que toda a criação foi feita através da palavra de Deus, e que a palavra era Deus.
Continuando o estudo do versículo, vemos que a primeira coisa que Deus criou foi a luz. A luz, é uma forma de onda eletromagnética, capaz de se propagar no Nada, ou seja, a criação da luz é totalmente viável.
Ao lermos o versículo, chegamos a conclusão de que Deus já sabia o que era a luz antes dela existir. Isso implica em duas teorias: ou Deus sabia o futuro, ou ele já havia planejado a existência da luz, antes dela ser criada.


"e viu Deus que a luz era a boa; e fez separação entre luz e trevas."
Ao ler esse versículo, chegamos a outra contradição: Se Deus separou a luz das trevas, antes elas estavam misturadas? As ondas eletromagnéticas as quais chamamos de luz são formadas por pequenas partículas chamadas de fótons. Eu imagino que Deus criou esses fótons, mas que eles estavam todos separados, e que vagavam pela escuridão. Então Deus juntou todos esses fótons, e os separou das trevas. depois dessa separação, não havia mais como luz e trevas se unirem, por isso até hoje, ou a luz dissipa as trevas, ou as trevas abafam a luz.


Continuando: " Chamou Deus à luz Dia, e às trevas, Noite" O Dia e a Noite, seriam nomes que Deus deu à luz e às trevas, e não os períodos de doze horas que compõem o dia de 24 horas.
" Houve tarde e manhã, o primeiro dia." O curioso desse texto, é que o primeiro dia não é composto de dia e noite, e sim de manhã e tarde. Isso se dá, provavelmente porque o dia judaico começa no pôr-do-sol de um dia e termina no pôr-do-sol do próximo dia.
Agora, vamos analisar os trechos estudados na visão do historiador Flávio Josefo:

"Ele ordenou em seguida que se fizesse a luz e a luz apareceu imediatamente. Depois de ter considerado essa massa, Deus separou a luz das trevas; deu ao começo do dia o nome de manhã e ao fim o de tarde."
Na mitologia grega, o dia (Hemera) e a luz (Éter) eram filhos da Noite e das Trevas, o que demonstra um paralelo inegável com a Bíblia, onde a Luz surge das Trevas.




quarta-feira, 11 de julho de 2012

Gênesis 1;2

"E a terra era sem forma e vazia..."
A teoria apresentada na postagem anterior poderia explicar porque a terra era sem forma e vazia; Como a terra consistia apenas no espaço vazio, ela não tinha forma, e não havia nada nela, o que a tornava vazia.
O Bispo Edir Macedo, em seu livro Nos Passos de Jesus, diz acreditar que entre o primeiro versículo e o segundo, passaram-se milhões de anos. Observe o que ele diz:
"[...], quando Deus, no princípio, criou os Céus e a Terra, estes eram tão perfeitos quanto Ele próprio[...] Quando aconteceu o referido no segundo versículo de Gênesis, já havia decorrido milhões e milhões de anos e, nesse ínterim, a queda de Lúcifer[...] Ele foi lançado na Terra, fazendo assim criar neste planeta o caos total, isto é, tornou-se sem forma e vazio." A explicação do Bispo Macedo difere da teoria apresentada por mim, já que ele demonstra acreditar que Deus criou um planeta chamado Terra no início.
Agora vamos analisar outra parte do versículo: " e havia trevas sobre a face do abismo" No texto, a citação de um abismo, nos faz imaginar um espaço vazio, ou seja o espaço físico.
 O historiador judeu Flávio Josefo em seu livro Antiguidades Judaicas diz o seguinte:
"No princípio Deus criou o céu e a terra: mas a terra não era visível porque estava coberta de trevas espessas[...]" Observe que Josefo não diz se Deus criou um planeta chamado Terra, ou um espaço físico chamado Terra. Ele também diz que a Terra estava coberta por trevas, já que Deus ainda não havia criado a luz. 


Vamos ver o restante do texto bíblico:
"...  e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Aí chegamos numa contradição: se a terra era vazia, porque havia águas sobre ela? Será possível que naquela época existisse água? Se sim, então a água surgiu antes da luz?
Vamos observar o que diz a Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje:
"...A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água”. O leitor pode perceber que nessa versão se diz que a Terra era toda coberta por um mar."
Flávio Josefo não cita nenhuma água em seu livro, dizendo apenas o seguinte:
"... mas a terra não era visível porque estava coberta de trevas espessas; o espírito de Deus adejava (voava) por cima dela" 
No mito da criação suméria, acreditava-se que a criação surgiu a partir dos deuses Apsu e Tiamat que representam as águas;na mitologia egípcia, tudo teve início de um líquido infinito cósmico chamado Nun. Mas afinal, o que eram essas águas ou líquido?
A mim não foi possível chegar a uma conclusão. Se o leitor conseguir chegar a alguma por favor comente.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Gênesis

Para iniciar o estudo bíblico temos que começar pelos primeiros versos da Bíblia, ou seja, o Gênesis. A palavra génesis vem do grego e significa origem. O Gênesis é o primeiro dos cinco livros que compõem o Pentateuco. Segundo as tradições hebraicas, Pentateuco, ou Torá, foi escrito pelo legislador judeu Moisés, mas existem discordâncias quanto a isso.

O Gênesis tem duas partes bem distintas:
  • Do capítulo 1 ao 11 temos a criação do mundo, três episódios (Caim, Noé, Babel), e algumas genealogias cobrindo o vazio dos séculos até Abraão;
  • Do capítulo 11 ao 50  temos a história dos Patriarcas.

A crítica, tanto católica, como protestante e racionalista, admite as influências das mitologias orientais na criação do mundo no Gênesis. Em todas têm-se o caos inicial, a massa aquosa, as trevas, a separação dos elementos, os astros criados para marcar o tempo e a criação do homem coroando tudo. No entanto, as maiores semelhanças se dão com as mitologias suméria e babilônica.

A genealogia de Adão a Noé, é de paralelo inegável com os documentos babilônicos de Oxford em que se acham listas dos descendentes do primeiro homem, da Criação ao Dilúvio, contendo seis nomes de reis e dois de cidades iguais aos do Gênesis. Já, a narrativa do Dilúvio apresenta paralelos com vários mitos de povos vindo de várias regiões da Terra.

Na próxima postagem, iremos estudar detalhadamente cada versículo do primeiro capítulo do Gênesis